Os Cursilhos de Cristandade são um Movimento da Igreja Católica Apostólica Romana que, mediante um método próprio, possibilitam a vivência e a convivência do "fundamental cristão", ajudam a descobrir e a realizar a vocação pessoal, e propiciam a criação de núcleos de cristãos que fermente de Evangelho os ambientes por meio da amizade.
O Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) possibilita uma vida nova à pessoa, que resulta do encontro consigo mesmo, com Cristo e com os demais, e que se desenvolve na vivência do fundamental cristão.
O MCC nasceu na Espanha, especificamente na ilha de Maiorca, na década de 1940. Vivia-se na Espanha uma situação de pós-guerra (Guerra Civil Espanhola, de 1936 a 1929), numa sociedade que estava se reconstruindo, num clima de mudanças e inseguranças.
A situação religiosa também era complexa. A Igreja tinha vivido uma experiência muito difícil durante a guerra civil de insegurança e perseguições. No pós-guerra vivia-se um processo de restauração no qual o cristianismo era a religião oficial e, aparentemente, a sociedade espanhola era cristã. Na realidade, porém, tratava-se quase inteiramente de um "cristianismo social" no qual não havia uma vida cristã autêntica e coerente.
Em tal situação, a Ação Católica, na época amplamente implementada na Espanha, buscava promover maior autenticidade e envolvimento dos leigos na vida da Igreja. Para isso, o departamento de jovens, a Juventude da Ação Católica Espanhola (JACE), retomou um projeto anterior à Guerra Civil: uma grande peregrinação de jovens a Santiago de Compostela, programada para o ano de 1948.
O Conselho Diocesano dos Jovens da Ação Católica de Maiorca era muito ativo e participou intensamente das atividades de preparação dessa peregrinação, principalmente através dos chamados “Cursillos de Adelantados” e “Cursillos de Jefes de Peregrinos”. Havia lá um grupo de jovens bem formados, com atitudes e critérios comuns, com notável inquietude apostólica e uma clara insatisfação diante das opções pastorais vigentes.
Não resta dúvidas de que os Cursilhos foram fruto da inspiração do Espírito Santo, acolhida e compartilhada por um grupo de pessoas entre as quais se destacaram Eduardo Bonnín, um leigo; alguns sacerdotes como Mons. Sebastián Gayá; e o então bispo de Maiorca, Mons. Juan Hervás. Esse grupo desenvolveu o que hoje podemos chamar de ‘uma nova forma de evangelizar’ (principalmente os afastados de Deus e da Igreja), que posteriormente se denominou Cursilhos de Cristandade.
Entre os anos de 1944 e 1949 foi feito um intenso trabalho de estudo, reflexão e experimentação. Foram tomados elementos dos Cursilhos já existentes na Ação Católica, adaptando-se seu método para uma nova finalidade. A semente plantada pelo Espírito Santo florescia em algo novo que chegava a todos, e permitia que o conteúdo essencial do cristianismo fosse captado em toda a sua intensidade, inclusive por aqueles que viviam à margem da religião.
Enquanto se realizavam os primeiros Cursilhos, ia tomando forma um Movimento com uma série de elementos distintivos:
A partir dessa mentalidade, estabeleceu-se uma nova forma de evangelizar:
E foi dessa mentalidade que surgiu o método estratégico que caracterizaria o Movimento.
Iniciado na década de 40, o MCC foi-se tornando vida na diocese de Maiorca, consolidando-se nos anos seguintes (1949-1954). Foram realizados vários Cursilhos, foram constatados seus bons resultados, comprovou-se que o Movimento realmente podia trazer uma solução universal à ação evangelizadora, pois se apresentava como uma resposta a diferentes pessoas (jovens e adultos, próximos ou distantes da religião) e a diferentes realidades sociais.
Criaram-se suas estruturas básicas, como a Escola de Responsáveis que tinha um papel determinante; foram estabelecidos caminhos de seguimento no Pós-cursilho, como as Reuniões de Grupo e as Ultreias; e criou-se o Secretariado Diocesano como estrutura de serviço específica e particular.
De Maiorca o MCC se difundiu, a partir de 1953, por toda a Espanha, fosse por iniciativas pessoais, fosse pelas atividades do Conselho Nacional da JACE. A transferência de D. Juan Hervás para a Diocese de Ciudad Real, em 1955, e a publicação, em 1957, da carta pastoral de sua autoria – “Cursilhos de Cristandade, Instrumento de Renovação Cristã” – foram fatores determinantes para a aceitação do MCC e sua difusão nacional e internacional.
Muitos leigos e sacerdotes que participavam do MCC em diversas dioceses da Espanha, entusiasmados com seu potencial evangelizador acabavam por levá-lo aos países latino-americanos. O primeiro país a receber o Cursilho foi a Colômbia, através da Ação Católica – lá celebrou-se não só o primeiro Cursilho fora da Espanha, mas, também, o primeiro Cursilho de Mulheres, em 1953.
Em poucos anos o movimento foi-se difundindo por toda a América do Sul e, a partir dos EUA, país onde o primeiro Cursilho se realizou em 1957, começou a difundir-se entre os países de língua inglesa.
Em toda a América o MCC se desenvolvia com muita vitalidade, mobilizava grande quantidade de pessoas e grupos, produzia inserção na pastoral diocesana e fermentação evangélica de ambientes.
A partir da Espanha o MCC chegou à Europa Ocidental onde se desenvolveu ativamente, o mesmo acontecendo na Ásia e na Oceania. Um novo impulso se deu quando, a partir da Áustria, o MCC chegou aos países do leste europeu e quando, embora de forma mais limitada, começou a atingir alguns países da África.
Foi o espírito apostólico de alguns sacerdotes e leigos da Missão Católica Espanhola que fez com que, na Semana Santa de 1962, acontecesse em Valinhos, SP, o primeiro Cursilho de Cristandade do Brasil.
Era de renovação e grandes esperanças o clima que envolvia a Igreja. Enquanto em Roma o Concílio Vaticano II caminhava para a sua segunda sessão, no Brasil, começava a ser implementado, com entusiasmo, o Plano de Pastoral de Emergência.
Embora profundamente marcado por suas origens e suas características, o Movimento de Cursilhos encontrou terreno preparado para uma notável expansão, pois eram muitas as iniciativas pastorais e os movimentos de renovação que se desenvolviam em quase todas as Dioceses e Paróquias do Brasil.
O MCC nasceu na Espanha, especificamente na ilha de Maiorca, na década de 1940. Vivia-se na Espanha uma situação de pós-guerra (Guerra Civil Espanhola, de 1936 a 1929), numa sociedade que estava se reconstruindo, num clima de mudanças e inseguranças.
A situação religiosa também era complexa. A Igreja tinha vivido uma experiência muito difícil durante a guerra civil de insegurança e perseguições. No pós-guerra vivia-se um processo de restauração no qual o cristianismo era a religião oficial e, aparentemente, a sociedade espanhola era cristã. Na realidade, porém, tratava-se quase inteiramente de um "cristianismo social" no qual não havia uma vida cristã autêntica e coerente.
Em tal situação, a Ação Católica, na época amplamente implementada na Espanha, buscava promover maior autenticidade e envolvimento dos leigos na vida da Igreja. Para isso, o departamento de jovens, a Juventude da Ação Católica Espanhola (JACE), retomou um projeto anterior à Guerra Civil: uma grande peregrinação de jovens a Santiago de Compostela, programada para o ano de 1948.
O Conselho Diocesano dos Jovens da Ação Católica de Maiorca era muito ativo e participou intensamente das atividades de preparação dessa peregrinação, principalmente através dos chamados “Cursillos de Adelantados” e “Cursillos de Jefes de Peregrinos”. Havia lá um grupo de jovens bem formados, com atitudes e critérios comuns, com notável inquietude apostólica e uma clara insatisfação diante das opções pastorais vigentes.
Não resta dúvidas de que os Cursilhos foram fruto da inspiração do Espírito Santo, acolhida e compartilhada por um grupo de pessoas entre as quais se destacaram Eduardo Bonnín, um leigo; alguns sacerdotes como Mons. Sebastián Gayá; e o então bispo de Maiorca, Mons. Juan Hervás. Esse grupo desenvolveu o que hoje podemos chamar de ‘uma nova forma de evangelizar’ (principalmente os afastados de Deus e da Igreja), que posteriormente se denominou Cursilhos de Cristandade.
Entre os anos de 1944 e 1949 foi feito um intenso trabalho de estudo, reflexão e experimentação. Foram tomados elementos dos Cursilhos já existentes na Ação Católica, adaptando-se seu método para uma nova finalidade. A semente plantada pelo Espírito Santo florescia em algo novo que chegava a todos, e permitia que o conteúdo essencial do cristianismo fosse captado em toda a sua intensidade, inclusive por aqueles que viviam à margem da religião.
Enquanto se realizavam os primeiros Cursilhos, ia tomando forma um Movimento com uma série de elementos distintivos:
- um grupo de pessoas que compartilhavam uma mentalidade;
- uma finalidade clara que era dinamizar a vida cristã;
- um método eficaz para conseguir essa finalidade;
- um mínimo de organização e estrutura;
- uma mentalidade que adquiria forma e se tornava a pedra angular desse Movimento;
- a percepção da realidade de um mundo que dava as costas a Deus;
- uma vida que havia deixado de ser efetivamente cristã;
- a conclusão de que isso exigia uma nova resposta evangelizadora que renovasse o mundo a partir de dentro;
- a convicção ardente de que um mundo novo exigia homens e mulheres transformados e de que o mundo era lugar da salvação;
- a crença de que o cristianismo continha a solução para a problemática do homem e do mundo;
- a certeza de que era possível para qualquer pessoa, inclusive para os afastados, tornar vida o cristianismo e transformar-se em apóstolos que transformariam os ambientes.
A partir dessa mentalidade, estabeleceu-se uma nova forma de evangelizar:
- que partisse da realidade concreta das pessoas;
- que lhes apresentasse e possibilitasse viver o fundamental cristão;
- que as lançasse a um apostolado nos ambientes.
E foi dessa mentalidade que surgiu o método estratégico que caracterizaria o Movimento.
Iniciado na década de 40, o MCC foi-se tornando vida na diocese de Maiorca, consolidando-se nos anos seguintes (1949-1954). Foram realizados vários Cursilhos, foram constatados seus bons resultados, comprovou-se que o Movimento realmente podia trazer uma solução universal à ação evangelizadora, pois se apresentava como uma resposta a diferentes pessoas (jovens e adultos, próximos ou distantes da religião) e a diferentes realidades sociais.
Criaram-se suas estruturas básicas, como a Escola de Responsáveis que tinha um papel determinante; foram estabelecidos caminhos de seguimento no Pós-cursilho, como as Reuniões de Grupo e as Ultreias; e criou-se o Secretariado Diocesano como estrutura de serviço específica e particular.
De Maiorca o MCC se difundiu, a partir de 1953, por toda a Espanha, fosse por iniciativas pessoais, fosse pelas atividades do Conselho Nacional da JACE. A transferência de D. Juan Hervás para a Diocese de Ciudad Real, em 1955, e a publicação, em 1957, da carta pastoral de sua autoria – “Cursilhos de Cristandade, Instrumento de Renovação Cristã” – foram fatores determinantes para a aceitação do MCC e sua difusão nacional e internacional.
Muitos leigos e sacerdotes que participavam do MCC em diversas dioceses da Espanha, entusiasmados com seu potencial evangelizador acabavam por levá-lo aos países latino-americanos. O primeiro país a receber o Cursilho foi a Colômbia, através da Ação Católica – lá celebrou-se não só o primeiro Cursilho fora da Espanha, mas, também, o primeiro Cursilho de Mulheres, em 1953.
Em poucos anos o movimento foi-se difundindo por toda a América do Sul e, a partir dos EUA, país onde o primeiro Cursilho se realizou em 1957, começou a difundir-se entre os países de língua inglesa.
Em toda a América o MCC se desenvolvia com muita vitalidade, mobilizava grande quantidade de pessoas e grupos, produzia inserção na pastoral diocesana e fermentação evangélica de ambientes.
A partir da Espanha o MCC chegou à Europa Ocidental onde se desenvolveu ativamente, o mesmo acontecendo na Ásia e na Oceania. Um novo impulso se deu quando, a partir da Áustria, o MCC chegou aos países do leste europeu e quando, embora de forma mais limitada, começou a atingir alguns países da África.
Foi o espírito apostólico de alguns sacerdotes e leigos da Missão Católica Espanhola que fez com que, na Semana Santa de 1962, acontecesse em Valinhos, SP, o primeiro Cursilho de Cristandade do Brasil.
Era de renovação e grandes esperanças o clima que envolvia a Igreja. Enquanto em Roma o Concílio Vaticano II caminhava para a sua segunda sessão, no Brasil, começava a ser implementado, com entusiasmo, o Plano de Pastoral de Emergência.
Embora profundamente marcado por suas origens e suas características, o Movimento de Cursilhos encontrou terreno preparado para uma notável expansão, pois eram muitas as iniciativas pastorais e os movimentos de renovação que se desenvolviam em quase todas as Dioceses e Paróquias do Brasil.